domingo, 22 de março de 2009

dicas de Mendoza



**Impressões e dicas de Ana Paula Alvares

Fomos para Mendoza, Argentina, em agosto de 2008.
Chegamos no hotel, todos mortos de cansaço e pedimos à guia, Andréa a indicação de um bom restaurante para começarmos a nossa corrida gastronômica!
Ela nos indicou o Francesco e fomos à pé mesmo.
Uma delícia andar pelas ruas, com aquele friozinho gostoso!
Ficamos apaixonados pelo restaurante, a comida estava divina e o ambiente super agradável.
E aí começou nossa viagem por Mendoza, aos pés da Cordilheira dos Andes, região que produz 70% da produção de uvas e vinhos da Argentina.
No dia seguinte subimos a montanha.
A paisagem era de tirar o fôlego, o frio às vezes intenso e outras vezes o calor vinha com tudo
.

Sol, muito sol.
Passamos o dia todo lá e confesso que foi uma canseira danada!
Almoçamos em um restaurante lindo, com neve por todos os lados.
Depois subimos mais ainda e chegamos ao Parque Nacional do Aconcágua, na divisa com o Chile, e vimos o pico do Aconcágua de perto, a 6.659 metros do nível do mar.
É o pico mais alto do continente americano.
Lindo!
Mais o dia ainda não tinha acabado e fomos conhecer um lugar lindo.....a Ponte do Inca.
“Pouco antes da fronteira com o Chile, há um povoado onde está a “Ponte do Inca”, um local místico, onde -conta a lenda- uma tribo inca precisava salvar um integrante de uma doença e, para isso, tinha de atravessar uma ponte que nunca havia sido tocada antes. Segundo a história, ao passar para o outro lado, o inca foi curado.
Próximo à “ponte”, formada por uma imensa rocha, existem lagoas de água (pasme!) quente.
Embaixo da ponte, por onde passa um riacho, existe um prédio onde funcionou uma termas, com sauna e banhos quentes, de um hotel, destruído por uma avalanche.
Mais à frente da ponte -e um passeio rende, aos desavisados, cardíacos e sedentários, uma breve falta de ar- está uma igreja, construída no complexo do gradioso hotel em 1910, “sobrevivente” da avalanche (1965), intocável, onde se celebram atualmente algumas missas para militares que vivem em acampamento próximo.
MARCELO BARTOLOMEI Editor de Entretenimento da Folha Online
Devido à avalanche, o hotel foi totalmente destruído e morreram mais de 30 pessoas.
O "resto" do hotel continua lá, pertinho da igreja.
Realmente é um lugar lindo, pode-se ver a fumaça saindo das pedras.
E a gente olhava ao nosso redor e neve por todos os lados!
De tirar o fôlego.
Fechamos o passeio com chave de ouro!
No outro dia visitamos 3 bodegas –vinículas.
Viajar a Mendoza é fazer um tour gastronômico.
Muita comida da melhor qualidade e os vinhos..... a princípio achei que fosse chato conhecer uma vinícula, quem dirá, 5. Mais é muito bom!
Aprender algumas coisas que nem imaginávamos sobre os vinhos, aprender como degustar um bom vinho é uma experiência, no mínimo, interessante.
Neste dia visitamos a Norton, Zapatta e Lagarde.
As duas primeiras nos impressionaram pela quantidade de barris e pela beleza. Dava vontade de morar lá dentro, tudo tão lindo, arrumado e chique!
Na vinícula Zapatta, a disposição dos barris e a beleza nos deixou de bocas abertas.
Aquela penumbra torna tudo ainda mais interessante.
Apesar de que... fomos a uma parte da Norton e vimos um mundo de garrafas, sujas de poeira.
E eu e a Dani, na mesma hora, comentamos que se tivéssemos ali um paninho com alcool, limparíamos na hora, estava dando nervoso na gente!
E a guia explicou que as garrafas não podiam ser tocadas e nem limpas naquele estágio porque tudo contribui para o sabor do vinho.
Tem vinhos que ficam amarzenados nos barris durante 1 ano e 2 meses!
Depois de cada visita, íamos degustar os vinhos, aprender como distinguir um vinho do outro.
O legal é que trouxemos várias garrafas e o primeiro que abrimos, demoramos uma meia hora para começar a tomar, lembrando de tudo que nos foi passado e rimos muito. Achando (só achando), que já somos grandes entendedores do babado.
Depois das visitas seguimos para um restaurante, antes de irmos para o hotel.

O restaurante era o Cava de Cano.



Se você já foi a Mendoza e não conheceu, vai ter de voltar.
Foi a melhor parte da viagem.
Já estava incluído no pacote de viagem, então fui como quem estava indo para um restaurante comum, sem colocar muita fé.
Chegamos e nos deparamos com algumas casas, parecia uma fazenda.
Uma cor maravilhosa, muitas árvores, ficamos encantados.
Tudo bem rústico.
Fomos levados até uma escadinha e fomos parar em um porão.
Sim, um porão, sem janelas, somente com um ar condicionado.
Quando entramos no porão, havia uma mesa cheia de porções e tudo somente para nós.
Ficávamos igual crianças, experimentando de tudo um pouco -era um total de 34 porções, mais 2 tábuas de frios, vários tipos de pães, e depois foram servidos 4 pratos quentes- e abobados com a arquitetura do lugar.
Detalhes: linguiças de todos os tipos penduradas nas paredes, um peixe de madeira enorme como cabide para as bolsas e várias porções de doces, feitos pelo restaurante.
O garçon vinha, servia tudo e depois subia uma escadinha de madeira bem velhinha que dava para a cozinha.
Tinha uma câmera nos filmando e depois devem ter rido muito porque estávamos parecendo bobos, de boca aberta.

Depois de comer horrores, saimos para o "quintal" do restaurante para a sobremesa- um sorvete maravilhoso, com doce de leite (na Argentina tudo tem doce de leite), bolacha e uma calda deliciosa.
Ficamos lá mais um bom tempo, com um solzinho gostoso para espantar o frio, rindo, conversando com a vida que pedimos a Deus!
Poxa, nós não queríamos ir embora!
No último dia de viagem Fomos conhecer mais 2 vinículas: Navarro Correas e Família Zucardi

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